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O bloco do coronavírus sai na quarta-feira de cinzas

Updated: Aug 17, 2020





Depois do Carnaval, as expectativas econômicas serão formadas a partir das notícias sobre o novo coronavírus. Enquanto o Brasil curtia o feriado prolongado houve um verdadeiro terremoto na economia mundial.


Isso se deveu às informações de que a doença vai aos poucos ganhando status de uma pandemia. Ou seja, de um vírus que não está mais restrito a uma região (endemia) ou mesmo que se espalha para outras localidades (epidemia), mas há indícios de que venha a atingir grandes proporções, podendo se espalhar por mais de um continente ou por todo o mundo.


Era uma questão de tempo para que o novo coronavírus aportasse no Brasil. Como tudo nesse país, ele chegou depois do Carnaval. Aliado à confirmação de uma maior propagação da doença na Itália e na Coreia do Sul, a tendência de hoje do índice Ibovespa é de queda.


Como medida de comparação, pode-se usar o ETF do Ibovespa negociado na bolsa de valores de Nova York. Este título despencou nos dois últimos dias, acumulando uma queda superior a 6%.


Com esse clima de pessimismo, outro importante item a se avaliar é o dólar. O real já é a terceira moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar desde o início do ano, beirando o patamar de R$ 4,40. Com a incerteza, os investidores buscam ativos mais seguros, como o dólar. Em princípio, a tendência do dólar é de alta.


Uma doença com efeitos ainda desconhecidos como o novo coronavírus gera insegurança e incerteza nos mercados. Não há motivo, contudo, para entrar em pânico, nem na saúde pública, nem na economia. Mas em ambas as áreas, sobram motivos para redobrar a atenção.


Do ponto de vista da economia, não tome decisões precipitadas em relação aos seus investimentos e gastos. Será necessário avaliar o tamanho do estrago que o novo coronavírus vai provocar na economia mundial e no Brasil. Nossa hipótese é a de a recuperação da economia brasileira vença mais esse obstáculo.

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