top of page

Especialistas analisam as expectativas para a economia do Brasil com as novas ações do Governo Federal  

Em seu Relatório Executivo semanal, divulgado nesta segunda (25), a GO Associados faz uma análise do Boletim Focus. A grande novidade é a PEC dos Precatórios, que aumentou o risco fiscal e gera a expectativa de inflação, dólar e juros, todos ficando acima do que era esperado.

RE GO ASSOCIAODOS.jpg

Em seu Relatório Executivo semanal, lançado nesta segunda-feira, 25 de outubro, a GO Associados faz uma análise do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Na ocasião, Central. Lucas Godoi, macroeconomista da empresa, destacou os principais aspectos econômicos e políticos que vão nortear o país nos próximos dias. A grande novidade é a PEC dos Precatórios, que aumentou o risco fiscal e gera a expectativa de inflação, dólar e juros, todos ficando acima do que era esperado. Cresceu a expectativa para Selic, divulgada na pesquisa Focus de hoje, que passou de 8,25% para 8,75% e agora o mercado espera dois aumentos de 1,25p.p. Também subiu tanto para 2022, que passou de 8,75% para 9,5%, quanto para 2023. O câmbio teve mudança significativa em 2021 e passou de 5,25% para 5,45% e a mesma mudança foi observada para 2022.

 

A projeção de inflação teve aumento em 2021 e para 2022 houve uma queda na projeção de crescimento. “Muitas dessas mudanças vimos que foram causadas de quarta-feira para sexta-feira da semana passada, com a alteração na regra no teto de gastos causada pela PEC dos Precatórios”, pontuou Lucas.

Além de Lucas, o evento conto com a participação dos especialistas convidados: Cesar Mattos, consultor Legislativo da Câmara Federal, ex-conselheiro do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), ex-secretário adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda; e Luiz Marinho, engenheiro químico e consultor associado da ChemVision; e Fernanda Johnston, consultora da GO Associados, especialista em Agronegócio .

Auxílio Brasil e a PEC dos Precatórios

César Mattos fez um apanhado sobre a PEC dos Precatórios e comentou sobre a posição do Governo que se disse surpreendido com aumento tão substancial no valor dos precatórios para 2022, em um volume de R$ 34,4 bilhões em relação a 2021. Para acomodar o novo valor do Auxílio Brasil foi necessário mudar a PEC, porém o mercado e o judiciário não entenderam isso muito bem e consideraram como uma modalidade de calote ou pedalada fiscal. O especialista detalhou como funcionaria, na prática, a flexibilização criativa que o governo pede para ser aprovada no Congresso. “A medida acendeu, desde a Dilma, uma perspectiva negativa de se fazer uma contabilidade criativa dentro do Estado”, comentou o especialista.

Mattos entende que a reforma administrativa tem possibilidade de andar porque foi muito diluída, reduzindo as fontes de resistência política. Porém, ainda existe muita negativa de aceitação dentro do funcionalismo público, já que eles perderam alguns benefícios e privilégios, como bem exemplificou em sua apresentação.  

Preço dos combustíveis

Luiz Marinho informou que os efeitos do dólar e o preço do petróleo no mercado internacional de alguma forma irão afetar os preços dos combustíveis no Brasil, além da oferta e demanda no mundo nesse período pós-pandêmico, onde as cadeias sofreram muito impacto em suas produções. É uma tendência que nesse momento os preços permanecerem elevados, mas os preços da Petrobras estariam abaixo da paridade de importação e nada impede que uma parcela do combustível seja vendida com valor mais alto. Marinho questionou: “Enquanto existir o monopólio da Petrobras será que existe alguma alternativa para a precificação dos preços do petróleo, que não sejam determinados pela empresa?”. Para ele, é uma contradição difícil de explicar para o grande público. “Há uma empresa estatal que você não pode mandar nela. Mas você não pode impedir que a empresa dê lucro para seus acionistas”, explicou Marinho.  

Agronegócio

Fernanda Johnston fez uma breve explicação sobre o “Seguro Rural”, que além de proteger a produção e a propriedade rural é dividido em oito modalidades, que oferecem ao produtor a oportunidade de segurar suas lavouras com baixo custo através do amparo do governo federal. O prêmio do Seguro Rural do Plano Safra 2021/2022, que entrou em vigor no dia 1º julho deste ano, é de R$ 1 bilhão. Além disso, este ano as adversidades climáticas, com a estiagem no início do ano, e as geadas no meio do ano, principalmente na região sul, que atingiram as lavouras de milho, fizeram com que a importância do Seguro Rural fosse reconhecida. Assim se percebe um cenário positivo para o Seguro Rural em 2021 e 2022.  

Política

Lucas Godoi terminou informando a agenda política da semana com os indicadores que serão revelados. Na quarta-feira (27), a reunião do Copom deve apresentar aumento de 1,25% ou 1,5%; o Caged e PNAD Continua devem prosseguir mostrando bons números. Há possibilidade de o IGP-M voltar a ser positivo depois de apresentar deflação no último mês e de o IPCA-15 mostrar que a inflação oficial do país continua acima dos 10% nos últimos 12 meses. Para fechar, acontece o leilão da Via Dutra, o principal do segundo semestre, que ocorre na sexta-feira (29) com projeção de investimento de R$ 14,7 bilhões.                                                                                                                                                                                                                                                                                   

O webinar do evento foi exibido no canal do Youtube de Gesner Oliveira, sócio executivo da GO Associados. Para assistir ou reassistir todas as análises feitas. 

Gesner Oliveira aborda os impactos da energia nas mudanças climáticas no 9º Fórum LIDE de Energia

O evento aconteceu online, nesta terça (31), e contou com a participação de diversos especialistas no tema.

 

O sócio executivo da GO Associados, Gesner Oliveira, participou nesta terça-feira, 31 de agosto, do 9º Fórum LIDE de Energia, que teve como tema “Energia em Transição”. O especialista integrou o painel que discutiu “Impactos da Energia nas Mudanças Climáticas”. O evento teve transmissão por meio de plataforma exclusiva do LIDE.

 

Além de Gesner, a diretora-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Patrícia Iglecias, também esteve presente no painel. O debate foi moderado por Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE, e Roberto Giannetti da Fonseca, presidente do LIDE Energia.

 

Na ocasião, Gesner Oliveira falou sobre a crise hídrica atual, fazendo uma comparação com a crise hídrica de 2001. “A matriz atual é mais diversificada do que em 2001, embora não seja ainda o suficiente. Temos um potencial enorme para utilizar outras fontes de energia e diminuir ainda mais a dependência dos recursos hídricos, como o uso dos resíduos sólidos urbanos, por exemplo”, afirmou.

 

Gesner pontuou, ainda, os efeitos econômicos da crise hídrica: inflação, crescimento, agricultura e as expectativas. Reforçou o impacto da crise na conta de energia, que sofreu um aumento de 9,41% no acumulado de 2021. Além disso, informou que os impactos da crise hídrica e as geadas geraram uma redução de 15,53% na colheita da safra de milho. “Também houve a queda da projeção de crescimento do PIB em 2021, que saiu de 5,30% para 5,27%”, enfatizou o economista.

 

Gesner elencou, ainda, as 10 medidas para atenuar a crise hídrica no curto, médio e longo prazo, que perpassam pela comunicação, aumento de oferta, incentivo econômico para redução da demanda, prevenção contra apagão, redução da demanda por unidade de PIB, redução da dependência as chuvas e combate a mudanças climáticas.

 

Dentre as medidas a curto prazo para atenuar a crise, Gesner destacou a mudança na comunicação e salientou que uma conscientização maior das autoridades se mostra essencial neste momento de crise e deve ser o primeiro passo para essa resolução do problema. Uma outra questão mencionada pelo palestrante é o implemento do sistema de bônus para redução de consumo e multas pela ultrapassagem teto fixado, diferenciando grandes consumidores e residenciais. Para prevenir apagões, ainda como medida a curto prazo, Gesner ressalta a importância do retorno do horário de verão para este ano e rodízio de desligamentos programados.

MicrosoftTeams-image (12).png
bottom of page