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IPCA tem deflação em abril, mas grupo de alimentos tem alta e pesa no bolso dos mais vulneráveis.

Updated: Aug 19, 2020





Brasil continua próximo da inflação zero. É uma boa notícia.


A prévia da inflação para o mês de abril (o IPCA15) foi de -0,01%, a manutenção dos preços estáveis reflete a paralisação da economia diante da pandemia do novo coronavírus. Em contraste com a Argentina, não há controle de preços no Brasil.


A má notícia é que o grupo alimentação e bebidas avançou 2,46%. A cebola, por exemplo, subiu 35,79% em abril, depois de ter ficado 7,92% mais cara em março.


O item transportes caiu 3,19% no mesmo período. Isso pode ser explicado pela queda histórica no preço do petróleo que foi repassada para as refinarias e, apenas em parte, para os postos de revenda. A gasolina caiu 5,41% e o etanol ficou 9,08% mais barato.


A redução dos preços na maior parte dos grupos, com um aumento dos alimentos é desfavorável aos segmentos de baixa renda, cujos orçamentos, as despesas com alimentação têm maior peso.


Essa pressão pela subida de preços dos alimentos deve ser temporária, diminuindo à medida que a economia voltar ao normal. A maior pressão terá sido resultado de um receio de desabastecimento que felizmente, não ocorreu.

Em 12 meses, o IPCA acumula uma alta de apenas 2,92%, e está bem abaixo da meta de inflação que é de 4% a.a..


Isso abre espaço para uma nova redução da taxa de juros na reunião do COPOM do dia 06 de maio. A expectativa da GO associados é de um corte de 0,75 p.p.

Embora ainda insuficiente, tal espaço para redução dos juros ajuda na recuperação da economia, algo urgente para gerar as oportunidades de emprego que o Brasil tanto precisa.

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