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Frente ao pesadelo da crise, pelo menos a inflação tem dado um alívio!

Updated: Aug 17, 2020




Diante da incerteza sobre a duração da quarentena e os impactos da paralisação da economia, a inflação segue batendo recordes de baixa. A chamada prévia da inflação de março, o IPCA-15, registrou alta de 0,02%, o menor valor para este mês desde a criação do Plano Real de 1994.

A pandemia do novo coronavírus e a queda no preço do petróleo ajudaram na redução do preço de vários segmentos pela súbita redução da demanda. Em alguns casos, o efeito é muito forte, como as passagens aéreas que recuaram 16,88%.

Até a gasolina, cujo preço na bomba costuma ser rígido para baixo, deu uma colher de chá: caiu 1,18%. A Petrobrás reduziu pela oitava vez no ano o preço na refinaria em 15% que ainda vai gerar efeitos sobre os índices das próximas semanas. No ano, a gasolina já caiu 40% na refinaria e o diesel 29%.

O item saúde e cuidados pessoais é o que apresentou a maior alta (0,84%). Nas últimas semanas houve uma grande demanda por produtos utilizados para evitar a contaminação do novo coronavírus, como máscaras, luvas e álcool em gel.

Além de uma demanda quase inexplicável por papel higiênico, que chegou a faltar na prateleira de alguns supermercados e registrou inflação de 0,24%.

Chama atenção o fato da forte elevação do dólar passando de R$ 5 não ter causado uma pressão inflacionária como em outras conjunturas. Isto mostra como a economia está desaquecida. A inflação acumulada nos últimos doze meses está em 3,67%, abaixo da meta para 2020 que é de 4%.

Ao depender da evolução da crise econômica nas próximas semanas é possível prever deflação com a queda acentuada na demanda interna e com o petróleo em patamares baixos.

Abre-se caminho também para novas reduções na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária na próxima reunião do Copom que ocorre apenas nos dias 8 e 9 de maio. Mas, vamos aguardar, porque na atual conjuntura, maio é longo prazo!

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