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Resultado da eleição dos EUA: possível impasse jurídico é o principal ponto de atenção...

As eleições dos EUA seguem para a reta final com aparente vantagem para o candidato democrata Joe Biden. Entretanto, a disputa nos “swing states” continua acirrada, recomendando cautela nas projeções.

O maior receio do mercado é na verdade um possível impasse judicial na disputa em caso de vitória apertada.


Este temor ocorre porque Donald Trump tem levantado suspeita sobre fraude no sistema de voto pelos correios. Até ontem, 41 milhões de votos já haviam sido antecipados. Nessa mesma época em 2016, o número dos que já haviam votado era de 5,9 milhões de eleitores. (no total 57,2 milhões votaram antes do dia das eleições).


A maior mudança na macroeconomia dos EUA ocorrerá caso Joe Biden vença e os democratas assumam o controle das duas casas legislativas. Isso pode significar maior facilidade para a aprovação de pacotes de recuperação da economia dos EUA.


Mas pode alterar a expectativa de baixa taxa de inflação e juros no país.

Joe Biden também já sinalizou que caso vença irá alterar a política de redução de impostos das empresas e dos mais ricos, o que deve ter impacto negativo no mercado de ações.


Do ponto de vista econômico, é provável que não existam tantas alterações nas relações Brasil e EUA, mesmo com uma vitória Democrata.


O maior ponto de atenção deve ser a questão ambiental. No último debate entre os candidatos, o Democrata citou os problemas de desmatamento no Brasil para criticar a política ambiental do governo Trump.


É possível que em caso de vitória do Biden, os EUA mudem o discurso em direção a medidas de proteção à floresta amazônica. Isso poderia distanciar o relacionamento entre os presidentes dos dois países a exemplo do que ocorreu no governo de Dilma Rousseff em virtude do episódio de suposto grampeamento de autoridades brasileiras por agência dos EUA.


O candidato do partido Democrata propõe um investimento de US$ 2 trilhões e energia verde, bem como quer fazer os EUA voltarem ao acordo de Paris, comprometendo-se a alcançar 100% de energia limpa até 2050.


No programa de governo de Joe Biden, a China continuará sendo o principal alvo da política externa dos EUA.

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