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Gesner Oliveira

Presidente acerta ao anunciar veto ao cheque em branco

Updated: Aug 17, 2020



Anúncio hoje da intenção do presidente Bolsonaro vetar aumento aos servidores como contrapartida ao pacote de ajuda aos estados foi fundamental para melhorar as expectativas econômicas.


É preciso conciliar pacote de ajuda contra a pandemia com responsabilidade fiscal. O corporativismo no Brasil mata tanto quanto o novo coronavírus porque impede que o Estado se reorganize e encontre recursos para superar a crise.


Ter responsabilidade fiscal mesmo em momentos de pandemia é essencial para a manutenção da taxa de juros em níveis historicamente baixos no médio a longo prazo.


O Comitê de Política Monetária (COPOM), cortou em 0,75p.p. a taxa básica de juros, a SELIC, que agora está em 3%. É a sétima redução consecutiva, chegando a uma nova mínima histórica de juros.


O corte confirma a projeção da GO Associados. A decisão do Copom de reduzir a taxa Selic foi correta. Com a recessão provocada pela pandemia e a inflação esperada inferior a 2% (contra uma meta de 4%), a decisão não poderia ser outra.


O comunicado divulgado após a reunião indicou que o corte foi motivado principalmente pela redução da atividade econômica mundial, pela redução do preço das commodities e pela alta volatilidade nos preços dos ativos, causados pela pandemia do novo coronavírus. Além da preocupação com a situação fiscal do Brasil.


O corte da Selic era necessário, especialmente como sinalizador da disposição da autoridade de estimular a economia, mas não é suficiente para a recuperação econômica.


Mas, no momento, a prioridade deve ser fazer com que o crédito mais barato chegue às micro e pequenas empresas que ainda sentem dificuldades de ter acesso ao crédito. Com a ajuda aos pequenos empresários é possível preservar milhares de empregos.


Nem isso é suficiente. O conjunto do pacote de ajuda precisa funcionar.

A parceria com o setor privado precisa funcionar para aumentar o investimento em infraestrutura.


Ao contrário de vozes irresponsáveis do ponto de vista fiscal, as reformas precisam ser aceleradas e não esquecidas usando como pretexto a pandemia. Daí a importância de vetar a eliminação de contrapartidas de ajuste fiscal no pacote aos estados.


O corporativismo nunca é benéfico ao país. Em tempos de pandemia pode condenar a sociedade brasileira à crise e depressão. Esperemos que o veto do Presidente Bolsonaro seja confirmado.

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