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Os economistas têm uma vacina para o coronavírus?

Updated: Aug 17, 2020


Enquanto os cientistas, e especialmente os infectologistas, se dedicam a buscar a cura para o novo coronavírus, os economistas e autoridades de política econômica buscam uma vacina contra a recessão mundial.


A reunião dos países membros do G7 trouxe a expectativa de que os Bancos Centrais agirão para conter os efeitos causados pelo surto da doença. Minutos após o final da reunião, o Banco Central americano (Fed) cortou a taxa básica de juros em 0,5 p.p. A faixa de referência passou de 1,5%-1,75% para 1%-1,25%.


As autoridades procuraram emitir um sinal de que as autoridades nacionais estariam atentas ao perigo de uma desaceleração forte ou mesmo de uma recessão e tomariam as medidas necessárias para impedir uma crise econômica mundial. Apesar dos efeitos inicialmente positivos, a apreensão persistiu nas bolsas.


Por sua vez, a indicação de que as taxas de juros irão cair ao redor do mundo fez com a expectativa se reduzisse também para o Brasil. Os juros futuros no Brasil caíram como resultado do anúncio da reunião do G7.


No último fechamento a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (O chamado DI) para janeiro de 2021 recuou para menos de 4%. A taxa deste tipo de título emula o comportamento esperado pelo mercado para a Selic.


Isso indica que o mercado vislumbra uma ação do Copom diante da crise do novo coronavírus. A Selic deve cair para 4% na próxima reunião do Copom em 18 de março.


A autoridade monetária deverá ser sábia para permitir juros menores que estimulem a recuperação, mas em uma dose suficientemente pequena de forma a diminuir a pressão sobre o preço do dólar. Um bom chef sabe que é crucial acertar o quanto do açúcar na sobremesa. Assim como na gastronomia, a política monetária é mais arte do que ciência.

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