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Galbraith tem dose de razão: “única função da projeção econômica é tornar a astrologia respeitável"



Apesar de uma redução do PIB ser consenso em 2020, os valores ainda são bastante divergentes.

A incerteza diante da crise do novo coronavírus explica grande parte dessas divergências. A duração da paralisia econômica, o temor de uma segunda onda da doença e o formato da recuperação são apenas alguns aspectos relevantes que definirão o tamanho do tombo da economia em 2020.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus a mediana das expectativas da Pesquisa Focus do Banco Central acerca do PIB em 2020 é revista para baixo. Enquanto a expectativa em janeiro era de um crescimento de 2,17% para 2020, hoje é de uma queda de 6,48%.

Os resultados das medidas de isolamento social começam a ser conhecidos, e se não houver uma segunda onda de contágio que feche a economia mundial novamente, já é possível projetar os dados com maior precisão.

De acordo com a projeção do Banco Mundial, o PIB do Brasil deverá recuar 8% em 2020, o segundo pior número dentre os países analisados na América do Sul. Se confirmado, caracterizaria uma recessão no ano maior até do que a da Argentina (-7,3%).

A equipe do governo apontou uma inconsistência na projeção do Banco Mundial. Apesar de até agora ter sido o destaque da economia brasileira e todas as projeções apontarem crescimento de cerca de 2% no setor agrícola, a projeção do Banco Mundial aponta estagnação para este segmento.

Em abril, a projeção do Banco Mundial era de uma queda de 5% para o Brasil.

O governo projeta o PIB em -4,7%. A OCDE e a mediana das expectativas do Boletim Focus está entre a projeção do governo e a do Banco Mundial. Enquanto a mediana das projeções de mercado no Brasil está em -6,48% a projeção da OCDE é de um recuo de 7,4%.

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