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Esta crise tem fim(mas quando?)...

Updated: Aug 17, 2020




A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil no final de fevereiro, porém a quarentena iniciada em alguns estados para conter o avanço acelerado da doença, começou a ser incentivada a partir da segunda e terceira semana do mês de março.


E com a divulgação dos indicadores do mês, é possível começar a dimensionar o impacto da pandemia na economia brasileira. Dados como o licenciamento de automóveis caíram 35,4% em comparação com fevereiro.


O indicador da atividade do comércio divulgada pelo Serasa caiu 16,2%. O nível de utilização da capacidade instalada da indústria também caiu 3,9%.


A produção de veículos, por exemplo, caiu 21,1% segundo dados da Anfavea em relação a março do ano passado.


Outro indicador que vem caindo semanalmente é a projeção do PIB do boletim Focus, que declinou pela oitava semana consecutiva, para -1,18%, um número que, a esta altura, pode ser considerado otimista.


Nossa consultoria revisou para baixo a projeção para 2020: agora trabalhamos com uma queda em torno de 3%.


Como a quarentena deve se estender até dia 22/04 no estado mais importante para a economia, a perspectiva é de um choque mais forte do que o previsto no segundo trimestre e talvez, uma recuperação mais lenta do que inicialmente pensado.


A queda brusca da atividade surge no momento em que o Brasil vinha em recuperação lenta e com desemprego em dois dígitos, de 11,6%, e uma subutilização da mão de obra de 23,5%.


Apesar da gravidade sem precedentes da atual crise, surgiram sinais animadores de inversão das curvas de novos casos na Itália, Espanha e França. Isso explica a expansão dos mercados hoje.


Tal fato, aliado à retomada da China, reforça, pelo menos no ritmo volátil das impressões do mercado, a percepção de que a crise é temporária.


O problema brasileiro atual é que o pior dela ainda não passou por aqui. Tudo indica que ainda piora, antes de melhorar.

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